Com o início do novo ano, vamos começar a falar sobre um novo tema aqui no Âncora Verde: a indústria da moda. É um tema que passa despercebido à maioria das pessoas, mas que tem impactos muito extremos a nível social, humano e ambiental.
Não, não vamos falar só de ambiente ou de ecossistemas.
Vamos falar sobre comunidades, sobre pessoas, sobre modos de estar na vida, sobre consumismo, sobre slow fashion, sobre a urgência de existir uma revolução, sobre os erros comuns, sobre as meias verdades e sobre como podemos ser mais conscientes.
Vamos falar sobre interesses económicos, sobre a (in)sustentabilidade do setor e sobre os projetos que estão a fazer a diferença.
Vamos perceber como a moda está a dar cabo do planeta, mas também como está nas nossas mãos combater esta tendência.
Mas… Afinal o que é que está mal?
Neste momento, a indústria da moda é a 5.ª mais poluente a nível mundial e tem vindo a alterar-se de forma impiedosa para um modo de produção que apenas procura responder aos interesses das grandes empresas. A subcontratação da produção a países subdesenvolvidos como o Bangladesh, o Camboja ou a Índia fez os custos caírem de forma exponencial e levaram-nos a alterar radicalmente a nossa visão sobre a moda e sobre a maneira como “a consumimos”.
Passamos de 4 coleções por ano para quase 52, porque a roupa é tão barata que nos podemos dar ao luxo de comprar uma peça para utilizar só uma vez e deitar fora. O pior de tudo, é que passamos a achar que isto é normal.
Mas não é. Dar mais valor à roupa que vestimos do que às pessoas que a fizeram não é normal. E nunca poderá ser.
Está aberto o debate… vamos a isso!